Um blog destinado à luta contra a instauração de uma nova ditadura no Brasil







quinta-feira, 26 de junho de 2014

As escolhas erradas dos petistas


Na vida somos todos levados a fazer escolhas, diariamente, o tempo todo. A maioria das nossas escolhas são banais, como a escolha da cor da cueca ou da calcinha, mas algumas chegam a ser uma questão de vida ou de morte, de tão importantes, como a escolha de dirigir ou não depois de ingerir bebida alcoólica.

Os partidos de esquerda do mundo inteiro padecem de um mal que é comum a todos eles: a dificuldade de fazer escolhas certas. Por que isso? A resposta é simples: eles fazem uma leitura ideológica do mundo e não uma leitura real. Ou por outro ângulo: as escolhas que eles fazem só podem funcionar no mundo virtual que existe numa mente revolucionária. 

Pode-se dizer que quando um partido da esquerda revolucionária faz uma escolha certa, compatível com a realidade (como a carta ao povo brasileiro, de Lula), trata-se de uma concessão que a ideologia faz à realidade no sentido de alcançar o poder com o intuito de implementar uma agenda ideológica em seguida. 

Invariavelmente, essa agenda ideológica se choca com a realidade causando muito dano ao ambiente econômico e social, muita miséria, muito sofrimento, muita destruição e muito ódio. 

Quando isso acontece, o partido em questão é rejeitado e expulso pelo organismo social que ele agride, sendo que suas únicas formas de sobrevivência consistem em força bruta, manipulação total dos meios de comunicação, chantagem, ameaçar a oposição, golpe de Estado, enfraquecimento econômico, físico e moral da população por meio da destruição da economia popular (inflação, desabastecimento, criminalidade galopante). É o caso de Cuba, Venezuela e os outros países "Bolivarianos". 

Tudo isso resume em certa medida a história do PT. Um partido que nasceu revolucionário, fingiu-se de democrático e plural (fazendo escolhas nesse sentido) e agora revela sua verdadeira natureza revolucionária também pelas suas escolhas: ataques a mídia independente e crítica, aparelhamento do Estado e dos três poderes, incentivo da luta de classes, manipulação da realidade econômica (contabilidade "criativa"), demonização de qualquer oposição, por mais tímida e incipiente que seja.

Em minha opinião, o povo brasileiro em geral é muito mais sensível á sua realidade difícil do que ao discurso manipulador da esquerda. É por isso que as últimas escolhas revolucionárias do PT foram erradas para um partido que pretende ter futuro neste país. 

Atacar uma suposta "elite branca" pelas vaias da presidente Dilma? Não cola e não colou, tanto é que agora estão recuando dessa tática revolucionária. Fazer listas negras contra jornalistas independentes? Também pegou muito mal. Atacar Joaquim Barbosa até fazê-lo pedir aposentadoria antecipada? Vai pegar muito mal, pois o homem é muito respeitado no país, ao contrário da presidente Dilma.

Eu só posso dizer uma coisa: continue fazendo as escolhas erradas PT! Que as pessoas percebam seu lado revolucionário miserável antes que seja tarde demais.


segunda-feira, 16 de junho de 2014

O xingamento da Presidente



Os argumentos dos indignados pelo xingamento da Dilma foram claramente construídos com o intuito de evitar as duas questões centrais: quem a xingou e o porquê do xingamento.  Aqui e acolá percebemos algumas tentativas vãs e superficiais de qualificar (e não identificar) os xingadores: uma elite branca raivosa que deflagrou uma “campanha de ódio contra o PT”, segundo esbravejou Lula.  

Essa qualificação ou desqualificação dos cidadãos que se manifestaram politicamente, além de desviar o foco de quem realmente poderíamos identificar, é carregada de palavras “gatilho” concebidas e difundidas ao longo do tempo pelo marxismo cultural para despertar emoções fortes ligadas ao racismo (branca) e à luta de classes (elite). Todos nós sabemos que as emoções fortes se sobrepõem ao raciocínio lógico e o impedem de se concretizar.

Na medida em que nos perdemos em discussões de classe e raça, afastamo-nos da busca pela verdade e não se entrevista um mísero xingador, que deixou de ser o protagonista de carne e osso daquele episódio no estádio e foi substituído por uma abstrata “elite branca” que, por não existir, nunca poderá ser entrevistada.

Evidentemente a busca pela verdade não interessa ao oficialismo e a seus seguidores civis, os militantes da esquerda e seus simpatizantes, o jornalismo engajado, os inocentes úteis e tutti quanti.

Afinal de contas, a Presidente Dilma representa ou não o comando do Estado? E o Estado tira ou não uma boa parcela do nosso dinheiro, fruto do nosso suor de cada dia, com a promessa de transformá-la em serviços públicos de qualidade? 

E o Estado descumpriu ou não essa promessa? Quem sabe não tenha sido essa a verdadeira razão por trás do xingamento de Dilma. Que tal perguntar aos xingadores? Estão com medo das respostas?

Em pleno ano eleitoral o oficialismo foge dessas questões fundamentais, e são fundamentais porque são elas, mais até do que eleições, a legitimar a permanência de determinados partidos e políticos em suas posições de comando. 

Vão tentar substituí-las agora por conteúdo emocional racista e classista, transformando assim a discussão política, elemento essencial para o funcionamento de uma democracia, num “vocês contra nós”, enfim, num simples  Fla -Flu.


O fim da discussão política de conteúdo real significa o fim da efetividade do processo político democrático, e nesse aspecto, o PT é sem dúvida, um verdadeiro partido revolucionário. É criminoso.