Um blog destinado à luta contra a instauração de uma nova ditadura no Brasil







sexta-feira, 17 de junho de 2016

As fobias e os "ismos" dos irresponsáveis e o massacre de Orlando


Descrição do massacre de Orlando, tirado de trechos de um artigo de "El País":

"Um homem de 29 anos abriu fogo em uma casa noturna popular entre a comunidade gay, matando pelo menos 50 pessoas e ferindo 53. Foi o pior atentado a tiros múltiplo da história. Os primeiros indícios apontam para um único atirador, que foi baleado pela polícia. O atirador, identificado como Omar Siddique Mateen, era cidadão norte-americano de pais afegãos. Fontes da investigação citadas por vários meios de comunicação dos Estados Unidos apontam que o atirador teria telefonado para o número 911 pouco antes do massacre para declarar sua lealdade ao Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês). Horas depois do ataque,o grupo assumiu a autoria do mesmo em um boletim emitido pela agência de notícias Amaq." 


Mais um ato de terror horripilante cometido no Ocidente. Evidentemente, em seguida vem a enxurrada de tentativas de racionalização do fato. Vamos lá então: O presidente Obama pede mais controle de armas ( se houvesse um controle maior de armas, não teria ocorrido o atentado?); a militância LGBT declara que foi um ato homofóbico (nisso eles têm razão, apesar de arranhar apenas um aspecto dos fatos); alguns culpam a religião como um todo (se não houvesse religião no mundo não teria havido o ataque, trata-se de um non-sense é claro; equivale a dizer que se não houvesse carros não haveria acidentes de carros, ou seja, foge da nossa realidade).


Trata-se de um problema relacionado à questão da imigração? De maneira abrangente não, mas na medida em que se deixa perdurar uma situação de falta de controle de quem entra e sai do país, é evidente que você pode ter terroristas usando as rotas tradicionais da imigração ilegal para entrar no país e cometer atos de terror, isso é lógico. Esse não foi o caso de Mateen entretanto, pois ele era um cidadão americano filho de imigrantes afegãos.


Qual foi a motivação do crime? Ódio contra os homossexuais? Sim, evidentemente. Imposição religiosa? Agora a questão fica um tanto nebulosa. Segundo a ex-mulher de Mateen, ele não aparentava ser muito religioso, era mentalmente instável (ela usou o termo "bipolar") e batia nela regularmente. Há vários relatos de que o atirador tenha sido ele mesmo um homossexual enrustido. 


Por enquanto, parece (precisar-se-ia fazer um diagnóstico profissional) que se trata de um caso de um doente mental com um conflito psíquico causado pelo choque entre seus desejos íntimos e os valores religiosos transmitidos pelo seu pai, um muçulmano militante apoiador dos Talebãs, do Afeganistão. Ele (o pai) declarou que cabe a Deus punir os homossexuais.


Do que temos certeza afinal? De que o assassino era influenciado pela organização terrorista ISIS, de que o próprio deixou registrado sua lealdade a esse grupo e de que a organização aceitou essa lealdade e revindicou o atentado. 

E eis aqui o fator fundamental, o fator que distingue esse indivíduo transtornado, violento e  homofóbico de todos os outros indivíduos transtornados, violentos e homofóbicos que apesar de tudo, não entram numa boate cheia de gente e abrem fogo. Sendo esse o ponto de diferenciação, o mais lógico seria então focar a atenção e os esforços sobre ele, correto? 

Mas não! Os irresponsáveis, os que colocam a vida das vítimas atrás de suas preferências políticas e suas ideologias, começam a falar de outras coisas. A militância LGBT culpa o cristianismo, o Donald Trump, e pasmem, o Bolsonaro e o Feliciano! 

Porém, o fato mais grave é que o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama preferiu focar na questão abstrata de controle de armas! Imaginem em que situação trágica se encontram os homossexuais! Eles vão ter que ajudar a travar uma batalha política que duraria anos a fio, e se ganharem a parada, torcer para que os terroristas não vão burlar a lei e conseguir no mercado negro uma arma para mais um massacre. E durante esse tempo todo, permanecerem completamente vulneráveis a novos ataques! 

Quando defendemos a ideia de que as mentes de muitas pessoas não estão mais funcionando de maneira saudável, é precisamente nessas horas que percebemos que estamos cobertos de razão.

O que é que os cidadãos normais (não contaminados por ideologias) temos de fazer? Lutar para manter o foco no problema real e mandar um recado inequívoco para os irresponsáveis: ou vocês deixam de lado seus ideais supervalorizadas e começam a focar na realidade, ou saiam da frente e não atrapalhem os adultos. 

Nós não toleraremos novos massacres enquanto vocês ficam falando de políticas utópicas e culpando seus monstrinhos pessoais. 


    
   



https://www.youtube.com/watch?v=iQBEiuK8ts0
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/quem-e-omar-mateen-o-atirador-que-matou-dezenas-na-boate-gay-de-orlando.html
http://extra.globo.com/noticias/brasil/contra-a-corrente/homofobia-bolsonaros-felicianos-puxam-gatilho-19509033.html?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar

quarta-feira, 8 de junho de 2016

O nevoeiro mental do pensamento doutrinário, perigo para a saúde mental em tempos de acirramento político.

O Dr. Lobaczewski descreveu em seu livro intitulado "Ponerlogia: Psicopatas no Poder" o caráter psicopatológico das ideologias. Mais precisamente, ele demonstra que as ideologias contém em seu âmago ideias que refletem uma visão anômala (ou doentia) do mundo (a declaração esquizoide no marxismo, por exemplo). 

As vítimas podem aceitar a ideologia parcialmente (com ressalvas) ou completamente (aceitação patológica). Entretanto, o instinto natural da maioria das pessoas faz com que elas a rejeitem completamente.

Quem pode negar que as famosas cusparadas do deputado *Jean Wyllys e as do ator global **José de Abreu constituem atos de pura histeria? Cuspir na cara dos outros nunca é considerado uma ação política, ou comportamento, pura e simplesmente, aceitável por pessoas normais. Também não os é defecar*** em público (sobre fotografias de desafetos políticos ou sobre qualquer outra coisa). 

Podemos citar vários casos de atos histéricos, como a introdução de objetos religiosos no anus em público como forma de protesto, ou os ataques físicos a pessoas que simplesmente não aceitaram a ideologia. A internet pulula com vídeos de casos como esses.  

Nosso instinto natural nos impele a satisfazer nossas necessidade fisiológicas apenas em lugares reservados ou privados. Ou alguém já viu uma privada no meio da sala de estar, na frente da televisão? O que são "pessoas normais" então, no sentido da psicologia? São pessoas com pleno controle racional sobre suas ações, que interpretam a realidade de maneira lógica e que são dotadas de um instinto natural saudável, independentemente de suas posições políticas.

Entretanto esses são apenas os casos mais visíveis e óbvios. Há também os conflitos psíquicos, nos quais as vítimas têm que conciliar o desejo de manter amizade ou relacionamento com pessoas cujas ideias ou preferências políticas são terminantemente proibidas pela ideologia. Quando você sente um certo ódio ou repulsa por uma pessoa (como um todo) por causa de uma preferência política dela, então você já não seria considerado psicologicamente saudável****. 

É por isso que o que mais se vê na política são "aliados" ideológicos (doentes) muitas vezes se tratando como verdadeiros inimigos mortais e pessoas normais se tratando bem, apesar de discordarem politicamente.  Na psicologia, um traço de personalidade se torna transtorno de personalidade a partir do momento em que esse traço se torna pervasivo e começa a afetar de maneira abrangente a vida e os relacionamentos das pessoas.

*https://www.youtube.com/watch?v=JWydI5kODjc
**https://www.youtube.com/watch?v=r-HdmGMfHJ4
***https://www.youtube.com/watch?v=iY3MUK5o3V0
**** http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/03/1749366-acirramento-politico-e-textao-fazem-usuarios-abandonarem-redes-sociais.shtml